TA - Março/2007 - Base de Dezembro/2006

Bradesco é imbatível na previdência aberta

Edição 178

Bradesco se distancia cada vez mais

A Bradesco Asset Management (Bram) é, com enorme folga em relação ao segundo concorrente, a maior gestora de recursos de previdência aberta, com R$ 44,88 bilhões em dezembro do ano passado. Isso representou um crescimento de 19,95% no período de 12 meses, inferior à média do setor, que cresceu 28,45% no consolidado de 12 meses.
Mesmo assim, a posição da Bram é extremamente confortável, pois sua participação representa 45,95% do total de recursos administrados no segmento, mantendo uma distância de R$ 28 bilhões em relação ao Itaú, que ocupa o segundo lugar. Isso reflete a excelente posição ocupada pela Bradesco Vida e Previdência na venda desse tipo de produto, cuja gestão é feita pela Bram.
“Essa posição é conseqüência do foco que foi dado lá atrás pela Bradesco Vida e Previdência no atendimento dessa demanda que havia sido prevista como crescente”, explica o diretor comercial da Bram, Adolfo Alviço. “Afinal, sabíamos que nem todo mundo tem acesso a uma previdência fechada”, diz.
Segundo Alviço, o crescimento da área de previdência aberta está sendo ajudado por empresas especializadas em assessorar as companhias na hora de formatar seus planos previdenciários, analisando o que é melhor para cada caso. “Tem situações que é melhor criar um plano fechado, tem situações que é melhor criar um plano aberto”, diz.
Além da área de previdência aberta, a Bram também lidera nas áreas de seguradoras e capitalização, com R$ 7,94 bilhões e R$ 3 bilhões, respectivamente.

Diversificação – Para Alviço, a palavra-chave no mercado de investimentos, no próximo período, será diversificação. Muita gente que estava estacionada em títulos públicos, direta ou indiretamente, vai rever suas posições para produtos com um pouco mais de risco mas capazes de oferecer um pouco mais de retorno. Com isso, deve crescer a demanda por multimercados, fundos de small caps, fundos de infra-estrutura e de private equity, avalia.
Ele acha que essa disposição do investidor por produtos de maior risco deve ajudar a elevar a média das taxas de administração, que foram achatadas por conta da concentração das carteiras em fundos DI. “Com o novo cenário, o valor agregado pela figura do gestor é muito mais visível e isso vai se refletir nas taxas de administração”, diz.
Além disso, Alviço considera que o investidor está mais maduro. Episódios como o da China, que em outras ocasiões poderiam desandar numa crise, agora causaram meros solavancos no mercado. “O investidor está mais maduro, compromete com investimentos de risco apenas aquilo que não é do seu dia a dia”, explica. “Isso reduz a instabilidade em situações de stress”.

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