TA - Agosto/2007 - Base de Junho/2007

Concorrência ágil na área de fundos de pensão | A evolução patrimonial dos recursos dos fundos de pensão segue um ritmo lento

Edição 183

A evolução patrimonial dos recursos dos fundos de pensão segue um ritmo lento, mas os valores significativos movimentados por essa classe de cliente mantém a concorrência em alerta, resultando em mudanças no ranking. O total de recursos geridos pelas assets teve crescimento de 2,84% no semestre, atingindo R$ 220,15 bilhões. Entre as gestoras privadas, o Itaú e HSBC mantiveram a segunda e terceira posições no ranking, respectivamente. Mas, a carteira do Itaú nesse segmento caiu 6,6% no semestre, totalizando R$ 37,16 bilhões e a do HSBC, que já havia saltado da quarta para a terceira posição no ranking em dezembro, teve aumento de 8,7%, para R$ 21,38 bilhões.
Houve mudanças no ranking do segmento a partir da quarta posição, conquistada pelo Santander, que avançou duas posições em apenas um ano, com crescimento de 45% na carteira. O Bradesco Asset Management (BRAM), que havia perdido uma posição nesse ranking no final do ano para o HSBC, agora ficou em quinto lugar. Mas, essa situação não parece consolidada, já que a diferença entre os valores administrados pelo Santander e BRAM – R$ 14,04 bilhões e R$ 13,78 bilhões, respectivamente – é bem reduzida. O mesmo não ocorre com o primeiro lugar do ranking, a BB DTVM, que se mantém com folga na posição, basicamente por conta dos recursos da Previ.
A carteira dos fundos de pensão administrada pela BB DTVM somava R$ 55,36 bilhões no final do semestre – uma participação de nada menos que 25,14% do total de recursos das fundações sob administração das assets. Porém, como a Previ já iniciou um movimento de diluição dos investimentos, a asset do BB redobra os esforços para aumentar a captação de recursos junto aos fundos de pensão de empresas privadas, entre outros segmentos. “Faremos tudo para manter a liderança não só em fundos de pensão como no ranking geral das assets”, afirma o gerente executivo de fundos da BB DTVM, Fernando Manuel, acrescentando que as agências do BB estão inclusive envolvidas com metas na área.
“No mercado de fundos de pensão há uma barreira de entrada baixa, pois não há quase novos agentes e o acesso aos já conhecidos é bem fácil”, afirma o diretor de clientes institucionais do Itaú, Alexandre Zákia, ao comentar sobre a concorrência. Por isso, o Itaú, que também já consolidou sua posição no ranking do segmento, com o segundo lugar no geral e primeiro entre as instituições privadas, busca acompanhar de perto as novas tendências para atender as demandas, sem demora. “Foi assim com os fundos de ações de empresas com governança. Agora, com as possibilidades abertas pela Resolução 3456, estamos lançando dois novos produtos mais agressivos”, informa. Trata-se de um fundo de multi-índice de renda fixa, para aplicações em ativos pré-indexados a CDI, IPCA e outros índices, e um fundo de fundos multimercados.
Entre o 5º e o 10º lugar do ranking no segmento de fundos de pensão, a proximidade entre os valores das carteiras é cada vez maior, como se vê na tabela ao lado. No semestre, Western Asset Management e Mellon Global Investments Brasil mudaram de posição em relação ao ranking de dezembro do ano passado.

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