Diversificação leva a aumento de 35,3% | A captação de investimentos de outras instituições do setor, apresentou crescimento elevado no primeiro semestre do ano, de 35,3%
Edição 183
A administração externa de recursos entre as empresas do setor financeiro, ou seja, a captação de investimentos de outras instituições do setor, apresentou crescimento elevado no primeiro semestre do ano, de 35,3%. O total atingiu R$ 46,06 bilhões, refletindo a busca por mais sofisticação e diversificação que cresce em praticamente todos os segmentos de institucionais. O UBS Pactual continuou na liderança do ranking dos gestores de recursos de outras instituições financeiras, com uma carteira total de R$ 13,19 bilhões, um crescimento de 19,7% em relação ao resultado de dezembro.
Na segunda posição do ranking de gestores de recursos de outras instituições financeiras, com base nos resultados do primeiro semestre, aparece o Itaú, com R$ 7,34 bilhões. Apesar da distância do primeiro colocado, o Itaú teve um crescimento excepcional no semestre, de 100,2% em relação aos R$ 3,66 bilhões registrados no final de 2006. Na seqüência, vem o Sicredi, com R$ 3,73 bilhões.
“Este é um segmento que busca complementariedade da própria linha de produtos com os quais já trabalha internamente. Então, há uma necessidade de inovação e, também, uma seletividade muito grande”, comenta Ronaldo Boruchovitch, do UBS Pactual. Este ano, a instituição lançou um novo produto na linha de multimercados long short, que teve uma captação muito importante no segmento de institucionais, segundo ele. Do total de R$ 1 bilhão já investido nessa carteira, cerca de R$ 450 milhões foram captados junto a instituições financeiras.
Apesar da volatilidade na Bovespa neste segundo semestre do ano, em função da crise no mercado de hipotecas norte-americano, que acaba afetando todas as bolsas, Boruchovich acredita que a busca por alternativas diferenciadas de investimentos em ações e fundos de multimercados vai continuar. “É uma procura que veio para ficar, com cautela, sem excessos”, diz ele, acrescentando que o mais importante neste momento é que os fundamentos econômicos do Brasil continuam positivos.
Investimento em ações – A BB DTVM lidera os investimentos em ações, com um total de R$ 36,29 bilhões no primeiro semestre, com crescimento de 11,2% em relação ao resultado do final do ano. O Itaú ficou na segunda posição, com R$ 23,71 bilhões. Essa soma representa um aumento de 25,8% no semestre.
Somente em fundos de ações, a BB DTVM captou, no primeiro semestre, R$ 970 milhões em fundos de ações, segundo Fernando Manuel, gerente executivo de fundos. “O bom desempenho nessa área é reflexo do que está acontecendo na indústria como um todo. Com a queda da taxa de juro, aumentou o apetite a risco do investidor, tanto institucional quanto de varejo”, afirmou.
Um dos destaques no varejo, segundo o gerente, foi o fundo BB Ações Vale do Rio Doce, que atingiu a marca de R$ 1 bilhão de patrimônio líquido em junho. O fundo começou o ano com R$ 333,4 milhões em carteira. A rentabilidade acumulada no semestre foi de 33,10%. Outro fundo que alcançou o montante de R$ 1 bilhão foi o BB Ações Dividendos.
Até junho, o fundo apresentava valorização de 24,86%.