Gestão eficaz para driblar as incertezas
Edição 184
Campeão em fundos excelentes, Itaú aposta na qualidade da gestão para superar os benchmarks de suas aplicações
O Itaú foi o campeão em números de fundos excelentes no ranking produzido pela consultoria PPS para a Investidor Institucional, com sete fundos “verdes” – quatro de renda fixa, dois multimercados e um de ações. O histórico consistente de boa performance é reflexo do perfil fundamentalista da gestão feita pela asset e da disciplina na execução das políticas de alocação, segundo Marcello Siniscalchi, superintendente de operações de derivativos. “É por isso que, no longo prazo, acertamos mais do que a média do mercado”, afirma ele.
Na categoria renda fixa, um dos fortes da casa, a grande aposta em títulos prefixados fez a festa dos fundos – e de seus investidores – durante o primeiro semestre. As operações de arbitragem entre esses papéis, foco estratégico de atuação durante boa parte do ano, renderam bons frutos para os fundos Itaú Institucional Renda Fixa FI, Itaú Vértice S Renda Fixa FI, Itaú Vértice Renda Fixa FI e para o multimercado sem renda variável Institucional Active FIX IB RF FI. No caso do Itaú Vértice Renda Fixa FI, a valorização chegou a 118,12% do CDI no período de 12 meses encerrado em 31 de agosto.
O cenário que se vislumbra daqui para frente, no entanto, parece mais adverso. Desde o início da crise imobiliária americana até agora, os mercados de dólar e bolsa voltaram aos patamares do primeiro semestre, menos o de juros. A volatilidade é grande no segmento de prefixados e de papéis atrelados a índices de preços e o clima que paira, no momento, é de incerteza. A oscilação é tamanha que, no período de três meses, apenas um fundo, o Itaú Performance RF FI, que estava ancorado em papéis do governo pós-fixados e em ativos de crédito (debêntures e CDBs), não sofreu com as oscilações do mercado de títulos prefixados e atrelados à inflação. O fundo foi o único que conseguiu bater o CDI (103,18%) dentre os outros 14 que compõem a categoria Renda Fixa Agressivo do ranking Melhores Fundos de Institucionais.
“As perspectivas de redução da Selic e de inflação mudaram”, observa Érico Capelo, superintendente de fundos de renda fixa. Desde então, a política de alocação foi refeita e a gestão dos fundos de renda fixa ganhou uma dose maior de cautela. As posições em prefixados foram praticamente zeradas e o prazo máximo de vencimento dos títulos em carteira é de um ano. No longo prazo, a tendência parece estar mais bem definida – o cenário, porém, não é tão animador para os gestores. “Pode até haver uma interrupção momentânea no corte da taxa básica de juro, mas o rumo de queda não foi revertido e os cupons embutidos nos títulos públicos tendem a ficar cada vez mais fechados”, explica Capelo.
Esse movimento de convergência dos juros vai levar muitos investidores a migrarem para aplicações de maior risco, como os fundos multimercados e os de ações. “Diversificação será a palavra de ordem”, avalia Walter Mendes, superintendente de renda variável. Ele cita o estudo Pension Markets in Focus, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2006, no qual os fundos de pensão brasileiros aparecem com uma participação média de alocação em ações de 15,9%, menos da metade dos 41% das entidades americanas. “Mas esse é o caminho pelo qual a indústria de fundos brasileira vai trilhar”, diz Mendes. “Estamos no início desse processo.” Se a queda da taxa de juro propõe novos desafios para os gestores de renda fixa, para as empresas com ação em bolsa o processo de queda é bastante positivo. “Estimamos um crescimento entre 35% e 40% no lucro das empresas em bolsa este ano e, para 2008, uma expansão de 20% a 25% nos resultados”, afirma. As perspectivas para o mercado acionário, portanto, permanecem sendo de alta. Mas nem por isso os gestores de renda variável terão menos trabalho. “Quando um índice sobe muito, fica mais difícil superá-lo”, explica Michel Viriato Araújo, administrador de carteiras. “Ao mesmo tempo, quem consegue bater o benchmark passa a se diferenciar dos demais gestores, já que o trabalho de seleção dos papéis ganha mais importância”, ressalta. O fundo de ações IBRX Select Institucional IB FIA, que recebeu a distinção de excelência do ranking, superou o IBX em 1,15% no período de 12 meses.
Sinal verde Itaú Institucional Renda Fixa FI Itaú Vertice S Renda Fixa FI Itaú Performance Rf FI Itaú Vertice Renda Fixa FI Institutional Active Fix IB RF FI Itaú Institucional Derivativos Mult FI IBRX Select Institutional IB Fia
