TA - Agosto/2008 - Base de Junho/2008

FIDCs passam por grande concorrência com CDBs | Versatilidade e alto nível de segurança dos Fundos devem garantir retorno das aplicações ao segmento

Edição 194

Sem aparecer no último ranking Top Asset do segmento de FIDCs, a Unibanco Asset Management agora figura em primeiro lugar, com uma soma de R$ 15,5 bilhões alocada na carteira, quase o triplo do segundo colocado, o Itaú, que possui R$ 5,9 bilhões aplicados. De maneira geral, o setor obteve um crescimento de 74,53% nos primeiros seis meses do ano, totalizando um valor de R$ 37,9 bilhões em recursos geridos pelas assets.
Mesmo assim, o volume de operações em termos financeiros ficou um pouco abaixo em relação ao mesmo período de 2007.
Para Marcelo Botter, superintendente de produtos de investimentos do Itaú, isso se deve ao aumento do retorno em outras alternativas, como os CDBs. “Isso tornou o custo para a empresa cedente mais alta, o que pode ter afugentado um pouco os investimentos em FIDCs.” Mas a consolidação da economia brasileira, combinada com a versatilidade e alto nível de segurança dos FIDCs, gera perspectivas muito boas para o setor. Para Bruno Amadei, diretor de gestão da CredCapital, esse segmento está provocando um interesse crescente por parte dos investidores. “Além do que, apesar de ser um ativo complexo, ele se propõe a evitar o risco”, completa.
Aliás, a CredCapital é a gestora com a maior parte de seu patrimônio investido em FIDCs, no caso, 100%, assim como a BER Capital. Além disso, é a quarta que mais cresceu, com um desempenho positivo de 13,89%. “Esse resultado pode ser creditado ao crescimento das emissões em carteira e também à abertura de novos fundos”, afirma o diretor de gestão da empresa. Para continuar com resultados positivos, Amadei aposta em um crescimento do mercado de dívidas estruturadas e também nos benefícios que possam advir do investment grade, concedido ao Brasil pela Standard & Poors e pela Fitch. “Com isso e com o crescimento da economia brasileira, é possível que ocorra um aumento de emissões no mercado”, diz.
Fundos de terceiros – O Itaú segue em primeiro colocado, apesar da forte queda que sofreu no segmento, após uma retração de 28,29% no primeiro semestre de 2008. Esse desempenho diminuiu a diferença para o segundo colocado, a BRAM, de aproximadamente R$ 13 bilhões no final de 2007, para R$ 8 bilhões. Mas isso não é exclusividade do Itaú. O setor, de maneira geral, retraiu 7,49% no primeiro semestre de 2008. “Há cada vez mais informações e operações de gestão no mercado, que está ficando mais complexo”, explica Gustavo Coelho responsável pela área de alocação da Arsenal Investimentos. A asset é a que possui a maior porcentagem de fundos de terceiros em seu portfólio, com todo o seu patrimônio aplicado no setor. “Agora buscaremos fundos de investimentos de gestoras com menor espaço de risco e menor posição direcionada”, afirma.

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