TA - Agosto/2009 - Base de Junho/2009

PE e VC dão seguimento a tendência de expansão | UBS desbanca players de peso do mercado e chega ao lugar mais alto do pódio no primeiro semestre

Edição 206

Os fundos de private equity e venture capital seguiram em alta, mesmo em cenário de crise financeira global. E se, por um lado, o avanço de 9,69% no primeiro semestre deste ano evidencia uma significativa desaceleração na comparação com a alta de 40,38% registrada nos últimos seis meses do ano passado, por outro o avanço de 54,08% no acumulado de 12 meses até junho representa uma forte aceleração ante o avanço de 31,56% contabilizado no ano encerrado em dezembro de 2008.Quem lidera esta fila é a UBS Pactual Asset Management, que passou do terceiro para o primeiro lugar, desbancando players de peso como a Gávea e a Pátria Investimentos. Segundo Marcelo Flora, diretor-executivo da asset, o FIP Brasil Energia, constituído em 2005, foi fundamental para a expansão da asset. “Além disso, temos os fundos com o capital dos sócios do Pactual”, assinala.A Angra Partners retraiu 44,52% em um ano e 10,50% no semestre, mas manteve a quarta posição no ranking. A explicação para a contração, segundo Alberto Guth, sócio-diretor da asset, pode ser em grande parte atribuída por desinvestimentos realizados, especialmente no Fundo Investidores Institucionais. “Estamos em período de conclusão da venda da Brasil Telecom e do Metrô do Rio de Janeiro, dois ativos relevantes que representam a saída de R$ 2 bilhões”, conta.Neste segundo semestre, a gestora deve realizar novos aportes segundo Guth. Ele sublinha que o AG Angra Infra-Estrutura, que está com cerca de 30% do capital investido, se encontra em processo de aprovação de dois novos investimentos, um no setor de saneamento e outro no setor de óleo e gás.Off-Shore – O segmento de fundos off-shore avançou 26,52% no primeiro semestre, mas retraiu 0,96% no acumulado de 12 meses até junho. A BB DTVM manteve a liderança, com mais de R$ 12 bilhões sob gestão. Carlos André, diretor-executivo da gestora, explica que a retração de 3% no volume gerido nestes primeiros seis meses pode ser explicada, em parte, pela apreciação do real ante o dólar.A BB DTVM acumula crescimento de mais de 45% no ano terminado em junho. O diretor explica que a gestora registrou uma captação significativa entre os fundos exclusivos, o que alavancou esta alta. “Temos clientes corporativos que mantém parte dos seus recursos no exterior e uma grande parcela deles acumulou liquidez durante o período de crise, justamente para estarem mais preparados”, diz.A Tarpon Investimentos foi a asset que mais cresceu neste segmento.Eduardo Mufarej, sócio-diretor da companhia, destaca que desde 2006 a categoria offshore vem ganhando maior representatividade na base de ativos sob gestão da companhia. “Isso se deu principalmente pelo apetite de investidores estrangeiros por estratégias de investimento de longo prazo, como a nossa”, assinala.

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