TA - Março/2011 - Base de Dezembro/2010

Quase R$ 2 trilhões | Indústria brasileira de gestão de recursos de terceiros enfrenta ano de desafios na renda fixa e na renda variável e registra avanço de 13% em 2010

Edição 224

Aproveitar oportunidades pontuais. Esse foi o mantra entoado pelas gestoras de recursos de terceiros ao longo de 2010. Marcado pela volatilidade do mercado, o ano sofreu com o retorno de um ciclo de alta de juros e crise europeia, no primeiro semestre, e incertezas sobre a política monetária e eleições na segunda metade. Assim, os melhores resultados foram obtidos por aqueles que acertaram o tempo de entrada e saída de um investimento. Na renda fixa foi importante combinar riscos de mercado e de crédito com estratégias de papéis atrelados à inflação, debêntures e crédito bancário. Enquanto isso, na renda variável o desafio foi transitar entre os setores ligados ao mercado local, como consumo interno, e os relacionados à demanda estrangeira, como commodities.
O quadro pintado no ano passado não facilitou muito a vida das assets no período. Mesmo assim, esta edição do Top Asset mostra que o patrimônio sob os cuidados dos gestores bateu R$ 1,95 trilhão em 2010, com crescimento de 13,1% na comparação com os dados do final de 2009. Em seis meses, porém, a expansão foi de apenas 1,1%.
No que se refere a 2011, a perspectiva é de que as medidas a serem tomadas pelo Banco Central para controlar o superaquecimento do mercado interno, a alta da inflação e a apreciação do Real devem dar a tônica dos próximos meses, abrindo janelas de oportunidades para investimentos. A expectativa geral é que a tendência na renda fixa seja mais definida, mas com a Bolsa ainda apresentando volatilidade.

2010 – “Foi um ano em que não houve tendências definidas para ativos, em que a busca de oportunidades foi privilegiada em detrimento de movimentos direcionais”, afirma a diretora-superintendente da Bradesco Asset Management (Bram), Denise Pavarina, que viu os os fundos multimercados e de ações se destacarem no decorrer do período.
“Multimercados foram bem, principalmente no primeiro semestre. Já os fundos de ações se comportaram bem ao longo do tempo, com uma ou outra exceção.” A Bram encerrou dezembro na terceira posição, com R$ 239,45 bilhões em patrimônio administrado e alta de 18% ante 2009.
O Itaú Unibanco também destacou a rentabilidade de seus fundos multimercados, em especial os mais agressivos. Conseguimos um

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