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Clientes institucionais ganham espaço na Gap | Dois anos após a chegada de Roberto Pitta à asset, o segmento já soma R$ 2,8 bilhões em ativos

PITTA: base pulverizadaEdição 236

 

Dois anos após deixar o BNY Mellon para tocar o relacio-namento com institucionais na Gap Prudential, Roberto Pitta comemora o crescimento da gestora junto a esse segmento de clientes. No fim de março de 2012, a asset contabilizava cerca de R$ 2,8 bilhões em recursos de institucionais, de um total sob gestão da ordem de R$ 5,8 bilhões. No mesmo mês de 2010, a Gap Prudential contava com algo como R$ 2,5 bilhões sob os seus cuidados, dos quais cerca de R$ 1 bilhão correspondentes a ativos de institucionais.

“Temos hoje na nossa base 46 fundos de pensão, três grandes seguradoras, oito regimes próprios e pelo menos três tesourarias de grandes companhias do Brasil”, informa Pitta, ao citar os segmentos que para a Gap Prudential estão classificados como institucionais.

Quando o executivo conversou com Investidor Institucional, a gestora estava passando por sete concorrências promovidas por clientes desse tipo, sendo a maioria de fundos de pensão. “O que está chamando muito a nossa atenção é que quatro desses processos são para gestão de renda variável e três para renda fixa”, aponta o executivo. Ele completa que a Gap Prudential venceu recentemente dois processos seletivos para fundos de ações, um para um fundo de fundos de renda variável e um para renda fixa com estratégia de crédito privado.

“Boa parte dos nossos ativos sob gestão ainda está em operações de renda fixa, mas já podemos verificar um crescimento bastante significativo da renda variável. Temos pelo menos seis fundos exclusivos de fundos de pensão, dos quais três são de renda variável”, afirma Pitta. O executivo detalha que a estratégia em ações que os institucionais estão procurando hoje é a de valor, se encaixando perfeitamente com o que a Gap Prudential faz. “Eles têm buscado uma abordagem fundamentalista para os investimentos em ações. Isso casa muito com o que fazemos na Gap Prudential, e nós temos participado de muitas concorrências com esse tipo de mandato”, endossa.

Foco – Na renda fixa, a Gap Prudential também vem atraindo recursos de institucionais para um fundo montado especificamente para este público. Pitta lembra que a asset lançou, em julho do ano passado, o Gap Institucional IPCA, um produto que tem como benchmark IPCA+5,5% ao ano. “Esse fundo tem apenas 10 meses de vida, mas já conta com pelo menos nove fundos de pensão como clientes e um volume crescente”, garante o executivo. De acordo com informações disponíveis no site da asset, o Gap Institucional IPCA contava com patrimônio líquido da ordem de R$ 27 milhões em março deste ano.

Na área de crédito, Pitta revela que a Gap Prudential tem hoje um grande fundo exclusivo de fundo de pensão destinado a crédito estruturado com foco no mercado imobiliário. Ele explica que não se trata, porém, de um fundo de investimento imobiliário. “É um fundo de renda fixa que tem como lastro papéis como CCIs e CRIs, mas está posicionado dentro do segmento de renda fixa pela regra dos institucionais. Ele não entra no segmento de investimentos estruturados”, frisa.

Pitta resume que, além dos fundos de crédito, a asset tem trabalho junto às fundações produtos como o Gap Ações FIA, o Gap IPCA, um multimercado institucional adaptado à Resolução número 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Gap Absoluto, um multimercado que, pela regra, entra no limite máximo de 10% das aplicações das entidades. Ele acredita que os chamados “multimercados não institucionais” como o Absoluto devem ganhar espaço nas carteiras dos fundos de pensão na medida em que a queda dos juros se tornar ainda mais consistente e perene no Brasil.

“Por enquanto, sob o ponto de vista da relação entre risco e retorno, as fundações colocam como prioridade primeiro o crédito, depois a Bolsa e por fim os multimercados enquadrados no segmento de estruturados. Hoje essa é a ordem”, aponta o executivo.

Ele diz que a Gap não faz um recorte por tamanho de patrimônio na hora de prospectar novos clientes fundos de pensão. “Não importa se a entidade tem R$ 50 milhões ou R$ 50 bilhões em ativos. O importante é termos uma base de clientes pulverizada e consolidada”, define Pitta.

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