Disputa acirrada pelos recursos dos institutos de Regimes Própri...

Edição 132

A previsão de forte crescimento na capitalização de recursos para os fundos de previdência dos estados e municípios nos próximos anos está tornando a disputa entre os gestores cada vez mais acirrada neste segmento. Os gestores públicos ainda mantêm uma fatia gorda do mercado, representados principalmente pela BB Administração de Ativos e Caixa Econômica Federal. O enorme potencial de expansão deste mercado, porém, está atraindo a participação de diversos gestores privados que não querem ficar para trás.
A primeira posição do segmento de previdência do setor público ficou com a BB Administração de Ativos que atingiu a marca de R$ 1,9 bilhão em recursos administrados deste tipo de cliente. “Aproveitamos a estrutura comercial de nossa rede espalhada por todo o Brasil para atrair a captação de recursos dos fundos de estados e municípios”, revela Alberto Queiroz, gerente executivo da BB Administração de Ativos. Além disso, a asset buscou um crescimento através do oferecimento de produtos adaptados à legislação que rege estes fundos de previdência e que propiciem rentabilidade competitiva no mercado.
Neste segmento, o Banco do Brasil conta com o trabalho conjunto de sua asset com o fundo multipatrocinado BB Previdência, que também atende os estados e municípios na questão previdenciária, principalmente na prestação de serviços contábeis, jurídicos e atuariais. A BB Previdência trabalha com um equipe de consultores especializados em previdência que são acionados pelo pessoal das agências sempre que ocorre a prospecção de novos negócios.
Na segunda colocação, colado na BB Administração de Ativos, aparece o Itaú com pouco mais de R$ 1,7 bilhão de recursos de previdência do setor público. O Itaú começou a participar com mais foco neste mercado a partir do ano passado e já começou a colher os primeiros frutos desta atuação.
Na quinta posição, outro gestor público, a Caixa Econômica Federal aparece em destaque com um volume de R$ 898 milhões. A Caixa também se utiliza da capilaridade de sua rede de agências para avançar neste mercado formado por milhares de municípios espalhados por todo o país. Além disso, uma equipe de consultores atende os principais clientes. “Formamos uma equipe no final de 2001 para visitar os principais estados e municípios e os resultados começaram a aparecer no ano passado”, revela Fátima Abreu, gerente de investidores institucionais da Caixa. As principais conquistas do gestor em 2002 foram os contratos fechados com as associações de municípios de Pernambuco, Minas Gerais e Piauí.