Ninguém chega perto do Itaú no segmento Private | A diferença do ...

Edição 132

Na gestão de recursos do segmento private a liderança fica com o Itaú, com R$ 7,7 bilhões, o que representa uma diferença de 157% acima do segundo colocado, o HSBC, que fechou o ano com R$ 3 bilhões. Na pesquisa anterior, relativa à posição dos gestores ao final do primeiro semestre de 2002, a diferença entre os dois era menor, de apenas 114%. Mas, enquanto o Itaú aumentou sua captação em R$ 165 milhões no segundo semestre do ano passado, o HSBC perdeu R$ 527 milhões em captação nesse segmento.
A exemplo do Itaú, também a Hedging- Griffo (terceiro do ranking) captou recursos no segmento private no segundo semestre do ano passado, passando de R$ 2,56 bilhões para R$ 2,82 bilhões. Uma captação líquida, portanto, de R$ 258 milhões. A Unibanco Asset Management (UAM) também teve captação positiva no período, passando de
R$ 1,49 bilhão (era a oitava no ranking) para R$ 2,08 bilhões (passou para a quarta do ranking). A captação líquida da UAM foi de R$ 588 milhões.
As oscilações das carteiras private no ano passado foram fortemente marcadas pelos movimentos dos clientes em conseqüência da política de marcação a mercado, determinada pelo governo e que levou perdas a muitos fundos. “A marcação a mercado foi um momento difícil, mas no final do ano passado os clientes já estavam voltando para os fundos de investimento”, conta o diretor sênior do Itaú Private Bank, Lywal Salles.
De acordo com Salles, que desembarcou no Itaú há seis meses vindo do Citibank de Nova York, “o mercado de private continua crescendo, no Brasil e no mundo. Talvez tenha havido uma redução no ritmo de crescimento, mas isso não significa uma interrupção”. Ainda segundo ele, a combinação de um cenário externo com ameaça de guerra e de um cenário interno com taxas de juros elevados deve fazer com que o investidor permaneça na renda fixa neste ano.
Já entre os gestores mais focados a liderança é da Tática, com 95,67% dos recursos que administra provenientes do segmento private. Em segundo lugar vem a Hedging Griffo, com 91% dos seus recursos captados junto à essa clientela. A Fama Investimentos, que tem 82,51% dos seus recursos provenientes de carteiras private, ocupa a terceira posição entre os mais focados.