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SILVA: destaque entre estaduais

Edição 239

O Ranking Top Atuarial classificou os regimes próprios de acordo à rentabilidade de suas carteiras em 2011. Na categoria de renda fixa, que concentra a maior parte dos recursos dos RPPS, os destaques ficaram com os institutos de Francisco de Sá (MG) e Porto Feliz (SP). Já na renda variável, as melhores rentabilidades foram alcançadas pelos institutos de Paulínia (SP) e de Colombo (PR). Apesar do ano difícil para o mercado acionário, alguns regimes próprios mantiveram o desempenho no azul ao diversificar as carteiras de fundos de ações. Os regimes próprios com as melhores rentabilidades da carteira consolidada foram os de Lençóis Paulista (SP) e Tibagi (PR).

O principal destaque na renda variável foi o Instituto de Paulínia-SP (Pauliprev), líder  na categoria. “O resultado é consequência de um trabalho realizado desde 2009 quando entramos no segmento de renda variável”, conta a diretora financeira da Pauliprev, Roberta Helena Zarpelon. O Pauliprev fechou 2011 com uma carteira de renda variável que representa 21,26% do patrimônio de R$ 501 milhões. “Atualmente temos apenas três fundos que seguem os índices tradicionais da bolsa”, diz Roberta. A executiva cita nomes de gestores que oferecem os chamados fundos de valor e diz que o fundo também apostou em ações de empresas que distribuem bons dividendos.

Renda fixa – No segmento de renda fixa, um dos destaques foi o Instituto de Porto Feliz-SP (Portoprev), que ficou em segundo lugar na categoria. O resultado foi alcançado por uma combinação de aplicações em títulos públicos e de fundos de renda fixa indexados ao IMA-B. “Alcançamos uma boa rentabilidade em 2011 devido ao desempenho em títulos públicos, que representa cerca de 40% de nosso patrimônio”, explica o assessor de investimentos do Portoprev Vitor Hugo Antônio Bovice. São papéis federais de longo prazo com vencimentos entre 2014 e 2045. O restante do patrimônio está aplicado em fundos de renda fixa da família IMA.

“Nossa gestão dos investimentos é extremamente conservadora e toda nossa carteira está concentrada em renda fixa”, diz o assessor de investimentos. Ele acrescenta o regime próprio será obrigado a buscar outros segmentos, em virtude da queda dos  juros, mas, por enquanto, a diversificação não tem data para começar. “Por enquanto não devemos mudar a política de investimentos”, revela.

O motivo para a manutenção da política de investimentos do Portoprev é o início do período eleitoral (eleições municipais). “Qualquer mudança deve ficar para depois das eleições ou para o próximo ano. Em todo caso, a gordura acumulada nos primeiros meses de 2012 deve garantir a meta atuarial até o final do ano”, conta o assessor do Portoprev. Outro fator que dificulta a mudança da política de investimentos do instituto é a renovação dos membros do conselho deliberativo. “Precisamos primeiro capacitar os novos membros do conselho para depois realizar propostas de mudanças”, diz Bovice.

Entre os regimes próprios estaduais, o destaque entre as melhores rentabilidades ficou para a ParanaPrevidência. Além de ser o maior instituto em termos de patrimônio, alcançou também uma rentabilidade acima da média entre os grandes regimes próprios estaduais. Sua carteira composta até o final do ano passado, com 100% de concentração em renda fixa (títulos públicos e fundos), proporcionou retorno de 13,68%, contra uma meta atuarial de 12,89%. “Em 2012, iniciamos um processo de diversificação para buscar a meta nos próximos anos”, diz Luiz Tadeu Garbi da Silva, diretor de investimentos da ParanaPrevidência.

Lençóis Paulista – A maior rentabilidade global das carteiras ficou para o Iprem de Lençóis Paulista (SP). Também neste caso, a rentabilidade foi puxada pelo bom desempenho dos fundos indexados ao IMA-B. “Seguimos uma gestão bastante conservadora, com a quase totalidade de nossos recursos aplicados em fundos de investimentos que seguem o IMA-B”, diz Marcos Norabele, presidente do conselho de administração. O instituto fechou 2011 com um patrimônio de R$ 119 milhões.

A política de investimentos garantiu a superação da meta atuarial no ano passado. Como os fundos IMA-B mantiveram boa performance no primeiro semestre de 2012, o instituto praticamente garantiu a meta também para este ano. “Mas vamos mudar a estratégia para o próximo ano”, afirma.